7 de fev. de 2009

Nunca mais

O corvo continua
dizendo a mesma coisa
A carniça é nova
E não está totalmente morta
Mas ninguém quer esperar

Estar aqui no meio do redemunho
no meio do caminho
no meio das suas pernas
é encontrar o demônio tocando piano num pub em L. A

O penedo guarda uma índia
E os fogos de artifício abafam
os beijos do casal apaixonado
que fica pela primeira vez
eternizado naquela noite de final
da taça guanabara
cheia de ais...

- Oliveira
17:03

Então?

Estes versos de minuto
estas estrofes apoéticas
não servem pra nada.

- Íris
24 - 01 - 85

16:57

Hoje o dia foi quase inútil
dormi inutilmente
acordei, ou penso que sim,
comi por comer
escrevi minha mente numa folha de papel higiênico usada
por você

- Íris

Da ponte pra cá...

Da ponte pra cá, há bosta
à beça. Mas veste-se
a beca e vai-se pra festa.
Antes, porém, postam-se
enfileirados, eufóricos.
Há discurso que não diz
curso de nada. Explosão.
Paraninfo, mas sem ninfas:
"Esta é a última turma digna
de aplausos!" Explosão.
Em seguida oito formandos,
todos brancos, mas em preto,
recebem das mãos paternas,
(Caso especial: só quando
pais são médicos também...)
o tão merecido diploma.

- Oliveira.